sexta-feira, 8 de julho de 2011

É proibido julgar?

Titulo: É proibido julgar?

Mateus 7-16

Introdução:


1. ¹ Infelizmente no meio evangélico moderno, as pessoas usam as famosas palavras de Jesus de maneira errada como argumento em favor de que devemos aceitar tudo o que os outros dizem e fazem, sem pronunciarmos qualquer juízo de valor que seja contrário.


Mas Jesus não nos ensinou assim!

Então o que foi que Jesus nos ensinou?

  1. O que Jesus está proibindo é o julgamento hipócrita. Que consiste em vermos os defeitos dos outros sem olharmos os nossos. O Senhor determina que primeiro nos examinemos e nos submetamos humildemente ao mesmo crivo que queremos usar para medir e avaliar o procedimento e as palavras dos outros. E que, então, removamos a trave do nosso olho, isto é, que emendemos nossos caminhos e reformemos nossa conduta.

  1. Em seguida, uma vez que enxerguemos com clareza, o próprio Senhor determina que tiremos o argueiro do olho do nosso irmão. O que ele quer evitar é que alguém quase cego com um tronco de árvore no olho tente tirar um cisco no olho de outro. Mas, uma vez que estejamos enxergando claramente, após termos removido o entrave da nossa compreensão e percepção, devemos proceder à remoção do cisco do olho de outrem.

  1. Jesus faz ainda outra determinação no versículo final da passagem (verso 6) que só pode ser obedecida se de fato julgarmos. Pois, como poderemos evitar dar nossas coisas preciosas aos cães e aos porcos sem primeiro chegarmos a uma conclusão sobre quem se enquadra nesta categoria? Visto que é evidente que Jesus se refere a pessoas que se comportam como porcos e cães, que não vêem qualquer valor no que temos de mais precioso, que são as coisas de Deus. Para que eu evite profanar as coisas de Deus preciso avaliar, analisar, examinar e decidir - ou seja, julgar - a vida, o comportamento e as declarações das pessoas ao meu redor.

    Fica claro, então, que o Senhor nunca proibiu que julgássemos os outros, e sim que o fizéssemos de maneira hipócrita, maldosa e arrogante. Julgar faz parte essencial da vida cristã. Somos diariamente chamados a exercer o papel de juízes movidos por amor pelas pessoas e zelo pelas coisas de Deus.

    Quem nunca julga contribui para que o erro se propague, para que as pessoas continuem no erro. São pessoas sem convicções. Elas se tornam coniventes e cúmplices das mentiras, heresias e atos imorais e antiéticos dos que estão ao seu redor. Paulo disse a Timóteo, "A ninguém imponhas precipitadamente as mãos. Não te tornes cúmplice de pecados de outrem. Conserva-te a ti mesmo puro" (1Tim 5:22). Não consigo imaginar de que maneira Timóteo poderia cumprir tal orientação sem exercer julgamento sobre outros.

Conclusão:

1.      Em resumo julgar não é errado, cumpridas as seguintes condições:

a.      Que primeiro nos examinemos antes de julgar os outros;
b.      Que nos coloquemos sob o mesmo juízo e estejamos prontos para admitirmos que nós mesmos estejamos sujeitos a errar, pecar e dizer bobagem;
c.      Que nosso alvo seja ajudar os outros a acertar e consertar o que porventura fizeram ou disseram.

Fonte: ¹ Por Augustus Nicodemus (http://tempora-mores.blogspot.com/)
Adaptado por Augusto Ribeiro

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